Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 29
Filter
2.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 6(2): 151-169, abr.jun.2022. ilus
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1400194

ABSTRACT

O angioedema hereditário é uma doença autossômica dominante caracterizada por crises recorrentes de edema que acometem o tecido subcutâneo e o submucoso, com envolvimento de diversos órgãos. Os principais locais afetados são face, membros superiores e inferiores, as alças intestinais e as vias respiratórias superiores. Em decorrência da falta de conhecimento dessa condição por profissionais de saúde, ocorre atraso importante no seu diagnóstico, comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Além disso, o retardo no diagnóstico pode resultar em aumento da mortalidade por asfixia devido ao edema de laringe. A natureza errática das crises com variação do quadro clínico e gravidade dos sintomas entre diferentes pacientes, e no mesmo paciente ao longo da vida, se constitui em desafio no cuidado dos doentes que têm angioedema hereditário. O principal tipo de angioedema hereditário é resultante de mais de 700 variantes patogênicas do gene SERPING1 com deficiência funcional ou quantitativa da proteína inibidor de C1, porém nos últimos anos outras mutações foram descritas em seis outros genes. Ocorreram avanços importantes na fisiopatologia da doença e novas drogas para o tratamento do angioedema hereditário foram desenvolvidas. Nesse contexto, o Grupo de Estudos Brasileiro em Angioedema Hereditário (GEBRAEH) em conjunto com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) atualizou as diretrizes brasileiras do angioedema hereditário. O maior conhecimento dos diversos aspectos resultou na divisão das diretrizes em duas partes, sendo nessa primeira parte abordados a definição, a classificação e o diagnóstico.


Hereditary angioedema is an autosomal dominant disease characterized by recurrent attacks of edema that affect the subcutaneous tissue and the submucosa, involving several organs. The main affected sites are the face, upper and lower limbs, gastrointestinal tract, and upper airways. Because health professionals lack knowledge about this condition, there is a significant delay in diagnosis, compromising the quality of life of affected individuals. Furthermore, delayed diagnosis may result in increased mortality from asphyxia due to laryngeal edema. The erratic nature of the attacks with variations in clinical course and severity of symptoms among different patients and in one patient throughout life constitutes a challenge in the care of patients with hereditary angioedema. The main type of hereditary angioedema results from more than 700 pathogenic variants of the SERPING1 gene with functional or quantitative deficiency of the C1 inhibitor protein, but in recent years other mutations have been described in six other genes. Important advances have been made in the pathophysiology of the disease, and new drugs for the treatment of hereditary angioedema have been developed. In this context, the Brazilian Study Group on Hereditary Angioedema (GEBRAEH) in conjunction with the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI) updated the Brazilian guidelines on hereditary angioedema. Greater knowledge of different aspects resulted in the division of the guidelines into two parts, with definition, classification, and diagnosis being addressed in this first part.


Subject(s)
Humans , Therapeutics , Classification , Diagnosis , Angioedemas, Hereditary , Quality of Life , Asphyxia , Signs and Symptoms , Societies, Medical , Pharmaceutical Preparations , Glycoproteins , Laryngeal Edema , Allergy and Immunology , Mutation
3.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 6(2): 170-196, abr.jun.2022. ilus
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1400199

ABSTRACT

O tratamento do angioedema hereditário tem início com a educação dos pacientes e familiares sobre a doença, pois é fundamental o conhecimento da imprevisibilidade das crises, assim como os seus fatores desencadeantes. O tratamento medicamentoso se divide em terapia das crises e profilaxia das manifestações clínicas. As crises devem ser tratadas o mais precocemente possível com o uso do antagonista do receptor de bradicinina, o icatibanto ou o concentrado de C1-inibidor. É necessário estabeler um plano de ação em caso de crises para todos os pacientes. A profilaxia de longo prazo dos sintomas deve ser realizada preferencialmente com medicamentos de primeira linha, como concentrado do C1-inibidor ou o anticorpo monoclonal anti-calicreína, lanadelumabe. Como segunda linha de tratamento temos os andrógenos atenuados. Na profilaxia de curto prazo, antes de procedimentos que podem desencadear crises, o uso do concentrado de C1-inibidor é preconizado. Existem algumas restrições para uso desses tratamentos em crianças e gestantes que devem ser consideradas. Novos medicamentos baseados nos avanços do conhecimento da fisiopatologia do angioedema hereditário estão em desenvolvimento, devendo melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O uso de ferramentas padronizadas para monitorização da qualidade de vida, do controle e da atividade da doença são fundamentais no acompanhamento destes pacientes. A criação de associações de pacientes e familiares de pacientes com angioedema hereditário tem desempenhado um papel muito importante no cuidado destes pacientes no nosso país.


The treatment of hereditary angioedema begins with the education of patients and their families about the disease, as it is essential to know the unpredictability of attacks as well as their triggering factors. Drug treatment is divided into attack therapy and prophylaxis of clinical manifestations. Attacks should be treated as early as possible with the bradykinin receptor antagonist icatibant or C1-inhibitor concentrate. An action plan needs to be established for all patients with attacks. Long-term prophylaxis of symptoms should preferably be performed with first-line drugs such as C1-inhibitor concentrate or the anti-kallikrein monoclonal antibody lanadelumab. Attenuated androgens are the second line of treatment. In short-term prophylaxis, before procedures that can trigger attacks, the use of C1-inhibitor concentrate is recommended. There are some restrictions for the use of these treatments in children and pregnant women that should be considered. New drugs based on advances in knowledge of the pathophysiology of hereditary angioedema are under development and are expected to improve patient quality of life. The use of standardized tools for monitoring quality of life and controlling disease activity is essential in the follow-up of these patients. The creation of associations of patients and families of patients with hereditary angioedema has played a very important role in the care of these patients in Brazil.


Subject(s)
Humans , Drug Therapy , Angioedemas, Hereditary , Antibodies, Monoclonal, Humanized , Bradykinin Receptor Antagonists , Patients , Quality of Life , Therapeutics , Bradykinin , Pharmaceutical Preparations , Kallikreins , Reference Drugs
4.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 6(1): 122-126, jan.mar.2022. ilus
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1400120

ABSTRACT

A urticária aquagênica é uma forma rara de urticária crônica induzida (UCInd) desencadeada por um estímulo específico. A patogênese não é totalmente compreendida, mas os sintomas se iniciam minutos após a exposição cutânea à água, independentemente de sua temperatura, e as urticas têm o padrão foliculocêntricas. O diagnóstico é confirmado através do teste de provocação, e o tratamento de primeira linha são os anti-histamínicos de segunda geração. Neste artigo, relatamos um caso de urticária aquagênica e fazemos uma breve revisão da literatura sobre o tema.


Aquagenic urticaria is a rare form of chronic inducible urticaria (CIndU) triggered by a specific stimulus. Pathogenesis is not fully understood, but symptoms appear minutes after cutaneous exposure to water, regardless of temperature, and wheals have a folliculocentric pattern. The diagnosis of CIndU is confirmed by provocation testing using established protocols, and first-line treatment is second-generation antihistamines. In this article, we report a case of aquagenic urticaria and provide a brief review of the relevant literature.


Subject(s)
Humans , Female , Young Adult , Water , Histamine H1 Antagonists, Non-Sedating , Chronic Urticaria , Signs and Symptoms , Therapeutics , Skin Tests , Diagnosis , Histamine Antagonists
5.
Clinics ; 77: 100023, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1375183

ABSTRACT

Abstract Objectives The study describes a case series of hereditary angioedema with C1 Inhibitor Deficiency (C1INH-HAE) in order to corroborate six clinical warning signs "HAAAAE (H4AE)" to enable early identification of this disease. Methods The authors analyzed the C1INH-HAE cohort to analyze the clinical aspects of the present study's patients and corroborate the six clinical warning signs of the Hereditary Angioedema Brazilian Guidelines. Data regarding demographics, the onset of disease, time to diagnosis, frequency of attacks per year, organs involved, triggers, crisis duration and their outcomes, and disease treatment were collected. Then the authors developed an acronym, H4AE, to help healthcare professionals remember the warning signs. Results The authors included 98 patients in the study, with a mean age of 38.1 years, 67.3% being female, and 75.3% with a family history of HAE. HAE diagnosis was delayed, on average, 13.7 years after its initial manifestation. Exploratory laparotomy was reported by 26.9%, and orotracheal intubation by 21.3% of the present study's patients; 61.3% and 30.3% of them were admitted at least once in the hospital and in the intensive care unit, respectively. The authors constructed an acronym "H4AE" with the six warning signs of HAE: Hereditary, recurrent Angioedema, Abdominal pain, Absence of urticaria, Absence of response to antihistamines, Estrogen association. Conclusion C1INH-HAE is still underdiagnosed and associated with high morbidity. The study showed clinical features of this disease, corroborating the warning signs, which may be useful in raising awareness and improving the diagnosis of C1INH-HAE. The authors suggest the acronym "H4AE" to remind the warning signs.

6.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 5(3): 223-231, jul.set.2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1399210

ABSTRACT

Há o empenho contínuo de especialistas no desenvolvimento de tratamentos resolutivos ou eficazes nos controles das doenças, no entanto, a entidade urticária crônica espontânea (UCE), quando refratária à primeira linha de tratamento, os anti-histamínicos, apresenta um prognóstico desfavorável. Existe um arsenal de medicamentos biológicos disponíveis já consolidados como eficazes e seguros, porém eventualmente nos defrontamos com a inacessibilidade a estes medicamentos, devido aos custos dos mesmos e aos trâmites necessários para dar início ao tratamento. Tais fatos fundamentam a discussão sobre terapias alternativas com outros fármacos, visando manter o manejo adequado da doença e a qualidade de vida dos pacientes.


Specialists have made a continuous effort for the development of effective treatments for disease control; however, chronic spontaneous urticaria (CSU), when refractory to the first line of treatment, ie, antihistamines, has an unfavorable prognosis. There are biological medicines available, which have been consolidated as effective and safe, but we are occasionally faced with a lack of access to these medicines due to their costs and the necessary procedures to start treatment. Such facts support the discussion about alternative therapies with other drugs, aiming at maintaining the adequate management of the disease and the quality of life of patients.


Subject(s)
Humans , Sulfasalazine , Cyclosporine , Leukotriene Antagonists , Dapsone , Omalizumab , Chronic Urticaria , Histamine Antagonists , Hydroxychloroquine , Patients , Quality of Life , Therapeutics , Biological Products , Complementary Therapies , Health Expenditures
7.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 5(1): 85-92, jan.mar.2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1398417

ABSTRACT

Introdução: Os sintomas gerados pela urticária crônica (UC) afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes, e o estresse pode ser um fator de exacerbação. Isso se torna ainda mais importante no atual cenário de pandemia da doença causada pelo coronavírus (COVID-19). Diante da impossibilidade de manter a mesma quantidade de consultas presenciais, surgiu a necessidade de saber como estariam os pacientes com UC: se apresentariam exacerbação da doença de base caso se infectassem com o SARS-CoV-2, se a UC predisporia os pacientes a um quadro mais grave de COVID-19, e se o estresse emocional a que os pacientes estariam sujeitos exacerbaria sua doença de base. Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo com dados coletados através do registro das informações coletadas de pacientes com UC durante remarcação de suas consultas, através de ligações telefônicas. Resultados: Foram incluídos 140 pacientes no estudo, no período de 29/04/2020 a 15/07/2020. O estresse emocional estava presente em 80 pacientes (57,1%), sendo que destes, 30% relataram piora da urticária. A obesidade foi a outra comorbidade mais relatada pelos pacientes com UC (35%). Dos 22 pacientes que procuraram o Pronto-Socorro, 9 (40,9%) foram investigados. Destes, 5 (55,6%) realizaram investigação específica para COVID-19. Conclusões: Durante a pandemia da COVID-19, os nossos pacientes com UC se encontraram mais estressados emocionalmente, e isso foi um fator associado à piora da urticária. A obesidade, no nosso grupo de pacientes, foi muito prevalente.


Introduction: Chronic urticaria (CU) symptoms significantly affect patient quality of life, and stress can be an exacerbating factor. This becomes even more important in the current pandemic setting of the novel coronavirus disease 2019 (COVID-19). Given the impossibility of maintaining the same schedule of in-person medical appointments, there was a need to know how patients with CU would behave: if they would have an exacerbation of the underlying disease if they became infected with SARS-CoV-2, if CU would predispose patients to a more severe form of COVID- 19, and if emotional stress would exacerbate their underlying disease. Methods: This is a retrospective observational study of data collected from records of patients with CU when their medical appointments were rescheduled via telephone call. Results: One hundred and forty patients were included in the study from 4/29/2020 to 7/15/2020. Stress was present in 80 patients (57.1%), of which 30% reported worsening of urticaria. Obesity was the most reported comorbidity in patients with CU (35%). Of the 22 patients who sought emergency care, 9 (40.9%) were investigated. Of these, 5 (55.6%) underwent specific investigation for COVID-19. Conclusions: During the COVID-19 pandemic, our CU patients were found to be more emotionally stressed, and this factor was associated with worsening of urticaria. Obesity, in our group of patients, was very prevalent.


Subject(s)
Humans , Stress, Psychological , Coronavirus , Chronic Urticaria , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Quality of Life , Comorbidity , Retrospective Studies , Obesity
8.
Einstein (Säo Paulo) ; 19: eRW5498, 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1286289

ABSTRACT

ABSTRACT Angioedema attacks are common causes of emergency care, and due to the potential for severity, it is important that professionals who work in these services know their causes and management. The mechanisms involved in angioedema without urticaria may be histamine- or bradykinin-mediated. The most common causes of histamine-mediated angioedema are foods, medications, insect sting and idiopathic. When the mediator is bradykinin, the triggers are angiotensin-converting enzyme inhibitors and factors related to acquired angioedema with deficiency of C1-inhibitor or hereditary angioedema, which are less common, but very important because of the possibility of fatal outcome. Hereditary angioedema is a rare disease characterized by attacks of edema that affect the subcutaneous tissue and mucous membranes of various organs, manifesting mainly by angioedema and abdominal pain. This type of angioedema does not respond to the usual treatment with epinephrine, antihistamines and corticosteroids. Thus, if not identified and treated appropriately, these patients have an estimated risk of mortality from laryngeal edema of 25% to 40%. Hereditary angioedema treatment has changed dramatically in recent years with the development of new and efficient drugs for attack management: plasma-derived C1 inhibitor, recombinant human C1-inhibitor, bradykinin B2 receptor antagonist (icatibant), and the kallikrein inhibitor (ecallantide). In Brazil, plasma-derived C1 inhibitor and icatibant have already been approved for use. Proper management of these patients in the emergency department avoids unnecessary surgery and, especially, fatal outcomes.


RESUMO As crises de angioedema são causas comuns de atendimentos nas emergências, e devido ao potencial de gravidade, é importante que os profissionais que atuam nesses serviços conheçam suas causas e abordagem. Os mecanismos envolvidos no angioedema sem urticas podem ser histaminérgicos ou mediados por bradicinina. As causas mais comuns de angioedema mediado por histamina são alimentos, medicamentos, ferroada de insetos e idiopática. Quando o mediador é a bradicinina, os desencadeantes são os inibidores da enzima conversora de angiotensina e fatores relacionados ao angioedema adquirido com deficiência do inibidor de C1 ou angioedema hereditário que são menos comuns, mas muito importantes pela possibilidade de desfecho fatal. O angioedema hereditário é uma doença rara, caracterizada por crises de edema que acometem o tecido subcutâneo e mucosas de vários órgãos, manifestando-se principalmente por crises de angioedema e dor abdominal. Esse tipo de angioedema não responde ao tratamento usual com adrenalina, anti-histamínicos e corticosteroides. Assim, se não identificados e tratados adequadamente, esses pacientes têm risco de morte por edema de laringe estimado em 25% a 40%. O tratamento do angioedema hereditário mudou drasticamente nos últimos anos, com o desenvolvimento de novos e eficientes fármacos para as crises: inibidor de C1 derivado de plasma, inibidor de C1 recombinante humano, antagonista do receptor B2 da bradicinina (icatibanto) e o inibidor da calicreína (ecalantide). No Brasil, até o momento, estão liberados para uso o inibidor de C1 derivado de plasma e o icatibanto. O manejo correto desses pacientes na emergência evita cirurgias desnecessárias e, principalmente, desfechos fatais.


Subject(s)
Humans , Angioedemas, Hereditary/diagnosis , Angioedemas, Hereditary/drug therapy , Angioedema/diagnosis , Angioedema/drug therapy , Brazil , Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors/therapeutic use , Emergency Service, Hospital
9.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 4(3): 332-340, jul.set.2020. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1382004

ABSTRACT

Introdução: A urticária colinérgica (UCol) é um subtipo de urticária crônica induzida, desencadeada pela sudorese e o aumento da temperatura corporal. A associação de UCol com atopia é referida como um possível subtipo mais grave. A manifestação de angioedema estaria associada a um quadro mais prolongado de urticária e a sintomas extracutâneos, por exemplo, anafilaxia. Objetivo: Avaliar a frequência de atopia e/ou angioedema nos pacientes com UCol, em um centro terciário. Métodos: Estudo retrospectivo de prontuários de pacientes com UCol acompanhados em um centro terciário. Todos apresentavam teste de provocação para UCol positivo. A frequência de atopia e/ou angioedema foi avaliada nestes pacientes, como também as características gerais nestes subgrupos. Resultados: Foram incluídos 30 pacientes, sendo 60% do gênero feminino e idade (média) de 32,9 anos e tempo de doença (média) de 7,5 anos. O angioedema foi referido por 8 pacientes (26,7%), não foram observadas diferenças significantes entre os dois grupos (com e sem angioedema). Em relação à atopia, 9 pacientes (30%) realizaram a investigação através de IgE específica para aeroalérgenos, sendo positivo em 6 destes (66,7%). Embora sem diferença estatística, o grupo de pacientes com UCol e atopia apresentava valores de IgE sérica total mais elevados e maior frequência de associação com outras urticárias induzidas. Conclusões: Neste estudo, a frequência de atopia foi elevada e associada a níveis elevados de IgE sérica total. O angioedema foi relatado em mais de um quarto dos pacientes, independente da associação com UCE, favorecendo a uma maior gravidade à UCol. Doze pacientes (40%) não responderam aos anti-histamínicos, apesar da dose quadruplicada, sendo necessários outros esquemas terapêuticos.


Introduction: Cholinergic urticaria (CholU) is a subtype of chronic induced urticaria that is triggered by sweating and increased body temperature. The association of CholU with atopy is referred to as a possible subtype but more severe. The manifestation of angioedema is believed to be associated with more prolonged urticaria and extracutaneous symptoms such as anaphylaxis. Objective: To assess the frequency of atopy and/or angioedema in patients with CholU in a tertiary care center. Methods: A retrospective study of medical records of patients with CholU followed-up at a tertiary care center was conducted. All patients had a positive test for CholU. The frequency of atopy and/or angioedema was assessed in these patients, as well as the general characteristics in the subgroups. Results: Thirty patients were included in the study; 60% were female, mean age was 32.9 years, and mean disease duration was 7.5 years. Angioedema was reported by eight patients (26.7%). There were no significant differences between the two groups (with and without angioedema). Concerning atopy, nine patients (30%) underwent investigation using specific IgE for aeroallergens, with six positive results (66.7%). Although there was no statistical difference, the group of patients with CholU and atopy had higher total serum IgE values and a higher frequency of association with other induced urticaria. Conclusions: In this study, the frequency of atopy was high and associated with high levels of total serum IgE. Angioedema was reported in more than a quarter of patients, regardless of the association with ECU , favoring greater severity of ChoIU. Twelve patients (40%) did not respond to antihistamines, despite the quadrupled dose, requiring other therapeutic regimens.


Subject(s)
Humans , Chronic Urticaria , Angioedema , Patients , Signs and Symptoms , Sweating , Therapeutics , Body Temperature , Immunoglobulin E , Medical Records , Retrospective Studies , Cholinergic Agents , Histamine Antagonists , Anaphylaxis
10.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 4(2): 157-162, abr.jun.2020. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1381887

ABSTRACT

A urticária crônica espontânea (UCE) é uma condição rara, benigna e com sintomas que afetam adversamente a qualidade de vida, tanto dos pacientes quanto de seus familiares, visto que ainda não existe tratamento resolutivo. O manejo farmacológico de primeira linha consiste no uso de anti-histamínicos em doses licenciadas ou até quadruplicadas, e na ausência de resposta ao anti-histamínico, os consensos mundiais recomendam, na sequência, a adição de omalizumabe. Ambos são amplamente utilizados e considerados seguros e eficazes. No entanto, ainda há alguns questionamentos acerca da anti-IgE: quando e como suspender a medicação, por quanto tempo usar ou quando retornar o uso da mesma, caso haja recidiva. Logo, alguns artigos foram revisados visando melhor elucidação dessas dúvidas.


Chronic spontaneous urticaria (CSU) is a rare, benign condition with symptoms that adversely affect the patients' and their families' quality of life, as there is still no curative treatment. First-line pharmacological management consists of the use of antihistamines in licensed or even quadruplicate doses and, if there is no response to the antihistamine, worldwide consensus recommends subsequent addition of omalizumab. Both are widely used and considered safe and effective. However, there are still some questions about anti-IgE, including when and how to stop the medication, how long it should be used, and when to resume using it in the case of a relapse. Therefore, some articles were reviewed to facilitate the elucidation of these questions.


Subject(s)
Humans , Immunoglobulin E , Omalizumab , Chronic Urticaria , Patients , Quality of Life , Recurrence , Signs and Symptoms , Therapeutics , Histamine Antagonists
11.
Einstein (Säo Paulo) ; 18: eRC5002, 2020. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1056030

ABSTRACT

ABSTRACT The fixed drug eruption is a non-immediate hypersensitivity reaction to drug, characterized by recurrent erythematous or violaceous, rounded, well-defined border plaques, which always appear in the same location every time the culprit drug is administered. The usual practice is to avoid the drug involved and to use a structurally different drug. However, there are situations in which there is no safe and effective therapy. In such situations, desensitization is the only option. We describe the case of a patient who presented fixed eruption due to sulfamethoxazole-trimethoprim, who underwent successful desensitization, but required a repeat procedure twice due to relapse after inadvertent full-dose reintroduction. In non-immediate hypersensitivity reaction to drug, the indication is controversial and there is no technical standardization. Furthermore, the time at which such tolerance is lost after discontinuing the drug involved is unknown. In severe non-immediate reactions of types II and III, desensitization is contraindicated. The patient underwent desensitisation to sulfamethoxazole-trimethoprim three times − the first with recurrence of lesions and the second and third without manifestations, all concluded successfully and with no premedication.


RESUMO A erupção fixa por drogas é uma reação de hipersensibilidade a medicamento não imediata, caracterizada por placas eritematosas ou violáceas, arredondadas, recorrentes, de bordas bem definidas e que aparecem sempre na mesma localização cada vez que o medicamento culpado é administrado. A prática habitual é evitar a droga envolvida e utilizar um medicamento estruturalmente diferente. Contudo, há situações em que não há terapêutica segura e eficaz. Em tais situações, a dessensibilização é a única opção. Descrevemos o caso de um paciente que apresentou erupção fixa por drogas por sulfametoxazol-trimetoprim, tendo sido submetido à dessensibilização com sucesso, mas necessitou repetição do procedimento duas vezes, por recidiva da reação após reintrodução inadvertida em dose plena. Em reação de hipersensibilidade a medicamento não imediata, a indicação é controversa e não há padronização técnica. Além disso, não se conhece o tempo durante o qual essa tolerância é perdida após a suspensão da droga envolvida. Nas reações não imediatas graves e dos tipos II e III, a dessensibilização está contraindicada. O paciente foi submetido a dessensibilização ao sulfametoxazol-trimetoprim por três vezes − a primeira com recorrência de lesões, e a segunda e terceira sem manifestações, sendo todas concluídas com sucesso e sem uso de pré-medicação.


Subject(s)
Humans , Male , Aged , Trimethoprim, Sulfamethoxazole Drug Combination/adverse effects , Desensitization, Immunologic/methods , Drug Eruptions/etiology , Drug Eruptions/drug therapy , Sulfamethoxazole/adverse effects , Trimethoprim/adverse effects , Drug Hypersensitivity/etiology , Drug Hypersensitivity/drug therapy
12.
Einstein (Säo Paulo) ; 18: eAO5175, 2020. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1133773

ABSTRACT

ABSTRACT Objective To evaluate the positivity of challenge tests of patients suspected of chronic inducible urticaria and the response to treatment. Methods A retrospective study of electronic medical records of patients suspected of chronic inducible urticaria. All patients were submitted to challenge tests with triggering stimuli, according to the clinical history and, subsequently, the response to drug treatment was evaluated. Results A total of 191 patients with suspected chronic inducible urticaria were included. It was confirmed in 118 patients and 122 positive tests (4 patients with 2 different positive tests). Most had dermographic urticaria (70.3%), followed by cholinergic urticaria (17.8%). Regarding treatment, 28% responded to antihistamine in licensed doses, 34.7% with increased doses, 9.3% responded to the addition of another medication. The concomitance of chronic inducible urticaria and chronic spontaneous urticaria was found in 35.3% of patients, being more frequent in females, with longer time to control symptoms and higher frequency of cholinergic urticaria. Conclusion The confirmation of chronic inducible urticaria in patients with this suspicion, after challenge tests, was high. There was a good response to antihistamine. In the concomitance of chronic spontaneous urticaria, longer time to control symptoms and higher frequency of cholinergic urticaria were observed.


RESUMO Objetivo Avaliar a positividade dos testes de provocação de pacientes com suspeita de urticária crônica induzida e sua resposta ao tratamento. Métodos Estudo retrospectivo de prontuários eletrônicos de pacientes com suspeita de urticária crônica induzida. Todos os pacientes foram submetidos aos testes de provocação com estímulos desencadeantes, conforme história clínica e, posteriormente, foi avaliada a resposta ao tratamento medicamentoso. Resultados Foram incluídos 191 pacientes com suspeita de urticária crônica induzida, a qual foi confirmada em 118 pacientes e 122 testes positivos (4 pacientes com 2 testes positivos diferentes). A maioria apresentava urticária dermográfica (70,3%), seguida de urticária colinérgica (17,8%). Em relação ao tratamento, 28% responderam ao anti-histamínico em doses licenciadas, 34,7% em doses aumentadas e 9,3% responderam à adição de outro medicamento. A concomitância de urticária crônica induzida com urticária crônica espontânea foi encontrada em 35,3% dos pacientes, sendo mais frequente no sexo feminino, com tempo mais prolongado para controle dos sintomas e maior frequência de urticária colinérgica. Conclusão A confirmação de urticária crônica induzida nos pacientes com suspeita da doença foi elevada. Houve boa resposta ao anti-histamínico. Na concomitância com urticária crônica espontânea, observou-se maior tempo para o controle dos sintomas e maior frequência de urticária colinérgica.


Subject(s)
Humans , Female , Chronic Urticaria/diagnosis , Chronic Urticaria/drug therapy , Histamine Antagonists/therapeutic use , Chronic Disease , Retrospective Studies
13.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 3(4): 459-464, out.dez.2019. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1381365

ABSTRACT

Introdução: A urticária crônica espontânea (UCE) é considerada atualmente uma condição autoimune, onde o mastócito é a célula central e sua ativação envolve a participação de autoanticorpos IgG e/ou IgE. Entretanto, várias outras condições podem estar associadas ao não controle da UCE, como a infecção pelo Helicobacter pylori (Hp), embora os dados na literatura sejam controversos. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do tratamento do Hp no controle clínico da UCE. Métodos: Estudo retrospectivo de prontuários eletrônicos de pacientes com UCE que foram submetidos à pesquisa de Hp devido a sintomas gastroesofágicos. Foram avaliados os dados demográficos e a refratariedade aos anti-histamínicos destes pacientes. Posteriormente, a positividade ao Hp e a influência do tratamento do Hp sobre o controle clínico da UCE também foram avaliados. A UCE foi considerada controlada quando o UAS7 < 6, juntamente com a redução do uso de medicamentos para UCE. Resultados: Foram incluídos 50 pacientes, a maioria do sexo feminino (84%), e com idade média de 56,0 anos. A positividade para o Hp foi observada em 18 pacientes (36%), porém, o tratamento para erradicação do Hp foi realizado em apenas 13 pacientes, e, destes, 9 (69,2%) apresentaram melhora dos sintomas da UCE, avaliados em média 5,6 meses após este tratamento. Não houve associação da infecção pelo Hp com a gravidade da UCE e nem com o tempo de doença. Conclusões: Embora a UCE tenha a autoimunidade como a principal hipótese para ativação do mastócito, outras situações estão associadas ao não controle da UCE, como a infecção pelo Hp. Este estudo encontrou que a frequência de positividade do Hp nos pacientes com UCE foi mais baixa do que a encontrada na literatura, porém, cerca de 70% dos pacientes tratados para erradicação do Hp apresentaram melhora clínica da UCE.


Introduction: Chronic spontaneous urticaria (CSU) is currently considered an autoimmune disorder, where mast cells are the key cells and their activation is associated with IgG and/ or IgE autoantibodies. However, many other conditions may be associated with uncontrolled CSU, such as Helicobacter pylori (Hp) infection, although the literature is controversial in this regard. The aim of this study was to evaluate the influence of Hp treatment on CSU control. Methods: We retrospectively reviewed the medical records of patients with CSU who underwent Hp screening because of gastroesophageal symptoms. Data on demographics and antihistamine resistance were assessed in these patients. Hp positivity and the influence of Hp treatment on CSU control were also evaluated. CSU was considered controlled if UAS7 <6 and the medication for CSU control was reduced. Results: Fifty patients were included in the study; most were women (84%) and the mean age was 56.0 years. Hp infection was observed in 18 patients (36%), although only 13 were treated for Hp eradication; of these, 9 (69.2%) showed improvement in CSU symptoms, reassessed at a mean of 5.6 months after treatment. There was no association of Hp infection with CSU severity or disease duration. Conclusions: Although the main hypothesis for mast cell activation in CSU is autoimmunity, other conditions are associated with uncontrolled CSU, such as Hp infection. This study found a lower rate of Hp positivity than that reported in the literature, but about 70% of patients with CSU treated for Hp eradication showed clinical improvement.


Subject(s)
Humans , Helicobacter pylori , Chronic Urticaria , Patients , Signs and Symptoms , Autoantibodies , Therapeutics , Immunoglobulin E , Immunoglobulin G , Autoimmunity , Medical Records , Retrospective Studies , Drug Utilization , Electronic Health Records , Histamine Antagonists
14.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 2(4): 434-440, out.dez.2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1380999

ABSTRACT

Introdução: A urticária dermográfica (UD) é a forma de urticária induzida mais comum, com uma prevalência geral de até 5%. Na urticária demográfica, o estímulo físico é decorrente de trauma ou fricção, seja ela por roupa, ou arranhões. A urtica pruriginosa aparece cerca de 10 minutos após o estímulo, e desaparece em 1 a 2 horas. Os anti-histamínicos (AH1) são a primeira opção de tratamento para controle da doença, e não se conhece a etiologia dessa entidade clínica. Objetivo: Avaliar as características clínicas de pacientes com urticária dermográfica ou dermografismo sintomático. Métodos: Estudo retrospectivo de prontuário eletrônico de pacientes com UD, atendidos em um hospital terciário. Foram avaliados o tempo de doença, associação com urticária crônica espontânea (UCE), o tipo de tratamento, e a frequência de doença autoimune e/ou autoanticorpos. Resultados: Foram avaliados 161 pacientes com UD em seguimento há mais de seis meses. Cento e trinta e nove pacientes (85,7%) eram do sexo feminino, com média de idade de 48,6 anos e tempo de doença de 10,1 anos. A maioria respondeu ao AH1. Ao longo do seguimento, o AH1 de segunda geração foi utilizado em 73,5% dos pacientes, e o de primeira geração adicionado ao de segunda geração ou isolado em 50% dos pacientes. Quinze pacientes (9,3%) haviam feito uso de corticoide oral para controle dos sintomas. A associação com UCE estava presente em 44,1% dos pacientes. Alguma doença autoimune estava presente em 6,3% dos pacientes com UD associados à UCE, e em 14,5% naqueles com diagnóstico isolado de UD. Autoanticorpos estavam presentes em 34,9% dos pacientes com UD associada à UCE, e em 32,7% naqueles com UD isolada. Conclusões: A prevalência de autoimunidade e/ou autoanticorpos foi elevada, independentemente da associação da UD com UCE.


Introduction: Dermographic urticaria (DU) is the most common form of inducible urticaria, with an overall prevalence of up to 5%. In DU, physical stimulation is due to trauma or friction, either by clothing or scratches. Pruritic wheals appear about 10 minutes after the stimulus and disappear within 1 to 2 hours. Antihistamines are the first treatment option to control the disease. The underlying cause is unknown. Objective: To evaluate the clinical features of patients with DU or symptomatic dermographism. Methods: A retrospective study of electronic medical records of patients with DU treated at a tertiary hospital. Disease duration, association with chronic spontaneous urticaria (CSU), type of treatment, and frequency of autoimmune disease and/or autoantibodies were assessed. Results: A total of 161 patients with DU were followed for more than 6 months. One hundred thirty-nine patients (85.7%) were female, with mean age of 48.6 years and mean disease duration of 10.1 years. Most patients responded well to antihistamines. Over the follow-up period, second-generation antihistamines were used by 73.5% of patients, while firstgeneration antihistamines combined with second-generation drugs or alone were used by 50%. Fifteen patients (9.3%) had used oral corticosteroids to control their symptoms. The association with CSU was found in 44.1%. Autoimmune disease was found in 6.3% of patients with DU associated with CSU and in 14.5% of those with diagnosis of isolated DU. Autoantibodies were found in 34.9% of patients with DU associated with CSU and in 32.7% of those with isolated DU. Conclusions: The prevalence of autoimmunity and/or autoantibodies was high, regardless of the association of DU with CSU.


Subject(s)
Humans , Autoantibodies , Urticaria , Autoimmunity , Patients , Signs and Symptoms , Autoimmune Diseases , Therapeutics , Retrospective Studies , Adrenal Cortex Hormones , Diagnosis , Electronic Health Records , Tertiary Care Centers , Chronic Urticaria , Histamine Antagonists
15.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 2(4): 463-466, out.dez.2018. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1381047

ABSTRACT

Os casos de reações de hipersensibilidade à dieta parenteral são muito raros. Determinar o agente etiológico nestes casos não é uma tarefa fácil, pois são muitos os componentes que podem causar a reação, e também por não haver padronização adequada dos testes. Outro problema enfrentado é a dificuldade ao acesso aos elementos da dieta para os testes. Descrevemos um caso clínico e toda a investigação diagnóstica detalhada de anafilaxia por dieta parenteral em um paciente adulto, tendo como principal agente suspeito o polietilenoglicol (PEG). Os polietilenoglicóis, ou macrogóis, compreendem uma família de polímeros hidrofílicos amplamente utilizados em produtos industrializados farmacêuticos, alimentares e cosméticos. Nenhum estudo até agora examinou a prevalência da hipersensibilidade ao PEG, e a ocorrência é provavelmente subestimada. A suspeita de alergia ao PEG deve ser considerada em: pacientes com reações de hipersensibilidade do tipo imediata (RHI) para produtos contendo PEG, nos quais a sensibilização aos ingredientes ativos foi excluída; pacientes com RHI repetidas com medicamentos e produtos não relacionados; e em pacientes com RHI para apenas certas marcas ou doses do mesmo medicamento. RHI aos medicamentos PEGuilados estão bem estabelecidas, porém IgE específica contra o PEG ainda não foi identificada. Este relato mostra que os produtos normalmente considerados como inócuos não devem estar acima de suspeitas durante a investigação alergológica.


Case reporting of hypersensitivity reactions to parenteral diet is rare. Determining the etiologic agent in those cases is not an easy task because many components may cause a reaction and tests are not adequately standardized. Another problem is difficulty in accessing items of the diet for the tests. We describe a clinical case with a detailed diagnostic investigation of anaphylaxis due to parenteral diet in an adult patient, in which polyethylene glycol (PEG) was the main suspected agent. Polyethylene glycols or macrogols comprise a family of hydrophilic polymers widely used in pharmaceutical, food, and cosmetic industry products. No study so far has examined the prevalence of PEG hypersensitivity, and its occurrence is likely to be underestimated. Suspected allergy to PEG should be considered in patients with immediate-type hypersensitivity reactions (HSRs) for PEG-containing products in which sensitization to active ingredients was excluded, patients with recurrent HSRs to unrelated medications and products, and patients with HSRs to certain brands or doses of the same drug. Immediate-type HSRs to PEGylated drugs are well established, but PEG-specific IgE has not yet been identified. This report shows that products normally considered to be innocuous should not be above suspicion during allergy investigation.


Subject(s)
Humans , Female , Young Adult , Polyethylene Glycols , Parenteral Nutrition , Anaphylaxis , Immunoglobulin E , Skin Tests , Pharmaceutical Preparations , Diet , Research Report
16.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 2(2): 209-224, abr.jun.2018. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1380826

ABSTRACT

Urticária é uma doença pruriginosa da pele na qual ocorrem urticas e/ou angioedema. A urticária é definida como crônica quando persiste por 6 semanas ou mais. A urticária crônica tem um grande impacto na vida diária do paciente. Atualmente, não há biomarcadores confiáveis para identificar e medir a atividade da doença na urticária crônica espontânea. Consequentemente, o uso de ferramentas conhecidas por patient-reported outcomes (PROs) é crucial ao avaliar e monitorar diferentes aspectos da urticária crônica, como atividade/gravidade da doença, controle da doença e qualidade de vida. Apresentamos uma visão geral de cinco PROs usados na avaliação da urticária crônica, e destacamos suas vantagens, limitações e uso na prática clínica e pesquisa.


Urticaria is an itching skin disease characterized by the presence of wheals and/or angioedema. Urticaria is defined as chronic when it persists for 6 weeks or more. Chronic urticaria has great impact on the daily lives of patients. Currently, there are no reliable biomarkers to identify and measure disease activity in chronic spontaneous urticaria. Consequently, the use of tools known as patient-reported outcomes (PROs) is crucial when evaluating and monitoring different aspects of chronic urticaria such as disease activity/severity, disease control, and quality of life. We present an overview of the five PROs used in the evaluation of chronic urticaria, highlighting their advantages, limitations, and use in clinical practice and research.


Subject(s)
Humans , Quality of Life , Patient Reported Outcome Measures , Chronic Urticaria , Angioedema , Patients , Pruritus , Research
17.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 2(2): 283-287, abr.jun.2018. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1380878

ABSTRACT

A investigação diagnóstica de reações anafiláticas durante a anestesia é difícil, uma vez que vários medicamentos são administrados. O diagnóstico é necessário para evitar uma reexposição ao medicamento potencialmente ofensivo. Os opioides raramente causam anafilaxia. A incidência total de reação de hipersensibilidade imediata aos opiáceos é desconhecida, e as incidências diferenciais de reações alérgicas e não alérgicas aos opiáceos também. Os dados sobre a sensibilidade cruzada entre as classes de medicamentos são limitados pela ocorrência rara destas alergias, e qualquer uso de opioide em um paciente com alergia relatada deve ser feito com cautela. O valor dos testes cutâneos de leitura imediata nos indivíduos sensíveis aos opiáceos é incerto, por poderem causar desgranulação direta dos mastócitos, e o teste de IgE sérico para opiáceos não está disponível comercialmente. O objetivo dos autores é relatar um caso de anafilaxia perioperatória, tendo como agente causal um opioide e discorrer sobre a investigação e implicações decorrentes do uso destes medicamentos. Estudos bem desenhados e adequadamente controlados sobre o assunto ainda são necessários para melhor entendimento das reações e maior segurança para o uso destes medicamentos.


Diagnostic investigation of anaphylactic reactions during anesthesia is difficult, since several drugs are administered simultaneously. However, diagnosis is necessary to avoid reexposure to potentially harmful drugs. Opioids rarely cause anaphylaxis. The overall incidence of immediate hypersensitivity reactions to opiates is unknown, as are the differential incidences of allergic and non-allergic reactions. Data on cross-sensitivity between different classes of drugs are limited by the rare occurrence of these allergies, and any use of opioids in a patient with a reported history of allergy should be made with caution. The value of immediate-reading skin tests in opiate-sensitive individuals is uncertain, as they may cause direct degranulation of mast cells; serum-specific IgE testing for opiates, in turn, is not commercially available. The objective of this study was to report a case of perioperative anaphylaxis to opioid and to discuss the diagnostic investigation and implications of the use of these drugs. Well-designed and adequately controlled studies are needed to improve our understanding of reactions to these drugs and to make their use safer.


Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Tramadol , Hypersensitivity, Immediate , Anaphylaxis , Morphine , Patients , Immunoglobulin E , Skin Tests , Sensitivity and Specificity , Diagnosis , Opiate Alkaloids , Heart Arrest , Hypersensitivity , Analgesics, Opioid , Anesthesia
18.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 2(1): 130-135, jan.mar.2018. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1380763

ABSTRACT

Introdução: Até 30% dos pacientes com urticária crônica espontânea (UCE) exacerbam com anti-inflamatório não esteroidal (AINE). Estas são reações de hipersensibilidade não imunológicas atribuídas a propriedades farmacológicas destes medicamentos. A hipersensibilidade aos AINEs pode estar associada a uma urticária mais grave ou mais prolongada. Aproximadamente 10% dos pacientes com UCE exacerbada por AINEs também apresentam sintomas respiratórios após a exposição aos AINEs (chamadas de reações mistas). Objetivo: Avaliar a presença de manifestações respiratórias após o uso de AINE nos pacientes com UCE exacerbada por AINEs. Métodos: Neste estudo retrospectivo, os prontuários eletrônicos de pacientes com UCE exacerbada por AINEs atendidos em um hospital terciário foram revisados. Os pacientes sem história de exacerbação ou que não sabiam referir o uso ou a piora dos sintomas com AINEs foram excluídos. Foram avaliados sintomas respiratórios agudos desencadeados pelos AINEs e sintomas respiratórios crônicos, concomitante a UCE. Resultados: Foram avaliados 92 pacientes, sendo 90% do sexo feminino, média de idade de 52 anos e tempo de doença de 12,9 anos. Os AINEs mais comuns foram a dipirona (65,2%) e o diclofenaco (33,7%). A história de sintomas respiratórios agudos associados ao quadro cutâneo, após a exposição ao AINE, estava presente em 13% dos pacientes. Quarenta pacientes (43,5%) apresentavam rinite crônica e, destes, 13 pacientes (32,5%) possuíam também diagnóstico de asma, e 2 (5%) apresentavam pólipos nasais. Os sintomas respiratórios agudos foram mais frequentes nos pacientes com rinite crônica (22,5%) quando comparados com os pacientes sem doença respiratória crônica (5,8%). Conclusões: O presente estudo mostrou que 13% dos pacientes com UCE exacerbada por AINEs também apresentavam sintomas respiratórios agudos após o uso de AINEs, sendo denominados pacientes com reações de hipersensibilidade mista ou "blended reactions". Destes, 75% apresentavam doença respiratória crônica de base.


Introduction: Up to 30% of patients with chronic spontaneous urticaria (CSU) exacerbate with non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs). These are non-immunological hypersensitivity reactions attributed to the pharmacological properties of these drugs. Hypersensitivity to NSAIDs may be associated with more severe or long-lasting urticaria. Approximately 10% of patients with NSAID-exacerbated CSU also present respiratory symptoms after exposure to NSAIDs (the so-called "blended reactions"). Objective: To evaluate the presence of respiratory manifestations after the use of NSAIDs in patients with NSAID-exacerbated CSU. Methods: In this retrospective study, the electronic medical records of patients with NSAID-exacerbated CSU seen at a tertiary hospital were reviewed. Patients without a history of exacerbation or who did not know whether they had used NSAIDs or whether their symptoms worsened after the use of NSAIDs were excluded. Acute respiratory symptoms triggered by NSAIDs and chronic respiratory symptoms coexisting with CSU were assessed. Results: A total of 92 patients were evaluated; 90% were female, mean age was 52 years, and disease duration was 12.9 years. The NSAIDs most commonly used were dipyrone (65.2%) and diclofenac (33.7%). History of acute respiratory symptoms associated with the cutaneous condition after exposure to NSAIDs was present in 13% of the patients. Forty patients (43.5%) had chronic rhinitis; of these, 13 patients (32.5%) also had a diagnosis of asthma, and 2 (5%) presented nasal polyps. Acute respiratory symptoms were more frequent in patients with chronic rhinitis (22.5%) when compared to patients without any chronic respiratory disease (5.8%). Conclusions: The present study showed that 13% of the patients with NSAID-exacerbated CSU also presented acute respiratory symptoms after the use of NSAIDs, i.e., they were patients with mixed hypersensitivity reactions or "blended reactions." Of these, 75% presented an underlying chronic respiratory disease.


Subject(s)
Humans , Adolescent , Adult , Middle Aged , Asthma , Rhinitis , Anti-Inflammatory Agents, Non-Steroidal , Diclofenac , Dipyrone , Nasal Polyps , Symptom Flare Up , Chronic Urticaria , Hypersensitivity , Patients , Respiratory Tract Diseases , Signs and Symptoms , Diagnosis , Electronic Health Records
19.
Clinics ; 73: e185, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-890751

ABSTRACT

OBJECTIVE: To assess the risk factors, incidence and severity of adverse drug reactions in in-patients. METHODS: This prospective study evaluated 472 patients treated at a teaching hospital in Brazil between 2010 and 2013 by five medical specialties: Internal Medicine, General Surgery, Geriatrics, Neurology, and Clinical Immunology and Allergy. The following variables were assessed: patient age, gender, comorbidities, family history of hypersensitivity, personal and family history of atopy, number of prescribed drugs before and during hospitalization, hospital diagnoses, days of hospitalization. The patients were visited every other day, and medical records were reviewed by the investigators to detect adverse drug reactions. RESULTS: There were a total of 94 adverse drug reactions in 75 patients. Most reactions were predictable and of moderate severity. The incidence of adverse drug reactions was 16.2%, and the incidence varied, according to the medical specialty; it was higher in Internal Medicine (30%). Antibiotics were the most commonly involved medication. Chronic renal failure, longer hospital stay, greater number of diagnoses and greater number of medications upon admission were risk factors. For each medication introduced during hospitalization, there was a 10% increase in the rate of adverse drug reaction. In the present study, the probability of observing an adverse drug reaction was 1 in 104 patients per day. CONCLUSIONS: Adverse drug reactions are frequent and potentially serious and should be better monitored in patients with chronic renal failure or prolonged hospitalization and especially in those on 'polypharmacy' regimens. The rational use of medications plays an important role in preventing adverse drug reactions.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Drug-Related Side Effects and Adverse Reactions/epidemiology , Hospitalization/statistics & numerical data , Incidence , Prospective Studies , Risk Factors , Polypharmacy , Hospitals, Teaching , Internal Medicine , Length of Stay/statistics & numerical data , Anti-Bacterial Agents/administration & dosage , Anti-Bacterial Agents/adverse effects
20.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 1(2): 206-211, abr.jun.2017. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1380377

ABSTRACT

Introdução: Pacientes com urticária crônica espontânea (UCE) frequentemente exacerbam com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), que são medicamentos que inibem a ciclooxigenase 1 (COX-1) e levam a um desvio para produção de leucotrienos. Os antileucotrienos seriam uma opção terapêutica para aqueles que não respondam aos anti-histamínicos (AH1). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia dos antileucotrienos nos pacientes com UCE exacerbada ou não pelos AINEs que não responderam apenas aos AH1. Método: Estudo retrospectivo com análise de prontuários eletrônicos de pacientes com UCE em seguimento ambulatorial. Todos os pacientes foram interrogados sobre a história de exacerbação ou não da UCE por AINEs. Além dos AH1, o montelucaste foi introduzido para todos os pacientes, em algum momento do acompanhamento. Foram avaliadas a resposta ao antileucotrieno e a presença da associação desta resposta à história de exacerbação com AINE. Resultados: Sessenta e dois pacientes participaram do estudo. A média de idade foi de 48,4 anos, sendo 82,3% do sexo feminino. Destes, 35 pacientes (56,5%) referiam piora da urticária com uso de AINEs, e, destes, 77,1% responderam ao antileucotrieno associado ao AH1. Dentre os 27 pacientes que não apresentavam UCE exacerbada por AINE, 48,1% obtiveram boa resposta ao uso de antileucotrieno associado ao AH1. Conclusão: A resposta ao antileucotrieno foi superior e estatisticamente significante (p = 0,031) no grupo de pacientes com UCE exacerbada por AINE. Portanto, a associação dos antileucotrienos aos AH1 seria uma opção eficaz e segura, sendo que essa associação se torna ainda mais relevante em pacientes que UC exacerbada por AINEs.


Introduction: Patients with chronic spontaneous urticaria (CSU) frequently show symptom exacerbation after the use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) ­ drugs that inhibit cyclooxygenase-1 (COX-1) and affect leukotriene production. Antileukotrienes are considered a therapeutic option for patients who do not respond to antihistamines (AH1). Objective: The aim of this study was to assess the effectiveness of antileukotrienes in patients with CSU exacerbated or not by NSAIDs. Methods: In this retrospective study, the electronic charts of CSU outpatients were analyzed. All patients were inquired about history of CSU exacerbation or not by NSAIDs. In addition to AH1, treatment with montelukast was introduced to all patients at some point during follow-up. Response to antileukotriene treatment and association between treatment response and history of NSAID exacerbation were evaluated. Results: A total of 62 patients participated in the study. Mean age was 48.4 years, and 82.3% were female. Thirtyfive patients (56.5%) reported worsening of urticaria with the use of NSAIDs; 77.1% of these patients responded to antileukotriene combined with AH1. Of the 27 patients with no history of CSU exacerbation with NSAIDs, 48.1% showed a favorable response to antileukotrienes associated with AH1. Conclusion: Response to antileukotriene treatment was higher and statistically significant (p=0.031) in patients with NSAID-exacerbated CSU. Therefore, the association of antileukotrienes with AH1 could be a safe and effective treatment option, especially for patients with NSAIDexacerbated CSU.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Anti-Inflammatory Agents, Non-Steroidal , Leukotrienes , Chronic Urticaria , Patients , Therapeutics , Cyclooxygenase 1
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL